paulo portas foi reeleito líder do cds-pp. este é o título que pode suscitar nos portugueses aquele misto de revolta e esfíncter descontrolado. eu, pelo menos, assumo uma crescente e constante flatulência ao perceber que vamos ter mais paulo portas nas nossas vidas. é a prenda de natal antecipada dos portugueses. e não é boa?
com 95,17% dos votos, paulo portas sucede assim a paulo portas na liderança do partido. uma mudança há muito esperada pelos órgãos sociais do partido, e em particular pelo órgão de tubos da igreja paroquial de paredes, na diocese do porto.
e se, numa eleição na qual há apenas um candidato, esse candidato não fosse eleito?
gosto de pensar no que teria acontecido se paulo portas não tivesse sido eleito. festa? talvez. trago aqui alguns dos discursos, credíveis e 100% plausíveis, que demonstram o que aconteceria se paulo portas tivesse perdido as eleições directas do cds-pp. vá, sonhar não é crime.
hipótese 1: “enquanto candidato único à liderança do partido, e após contagem dos votos, reconheço, assim, a derrota. esta é explicável dada a fraca afluência junto das urnas por parte dos militantes. corri alguns riscos e admito que não era este o desfecho que esperava, mas a política é isto mesmo, e o povo é soberano. é por isso que anuncio, desde já, a minha disponibilidade total para colaborar com a direcção recém-eleita do partido. obrigado, e viva o cds-pp.”
hipótese 2: “em virtude dos recentes acontecimentos e do já calculado e esperado resultado das eleições de hoje, anuncio aqui o meu abandono da vida política activa. tornou-se incomportável, após tamanha derrota nestas eleições, a minha actividade enquanto guru da moda da política portuguesa. obrigado, e viva o cds-pp.”
hipótese 3: “não esperava, devo admiti-lo, a minha derrota nestas eleições. é certo que foi uma eleição muito renhida e bem disputada, e há que felicitar a minha comissão política pelos 95,17% de votos conseguidos. ainda assim, não foram suficientes, e como tal felicito desde já o meu adversário, que acabou por vencer esta eleição de forma justa. obrigado, e viva o cds-pp.”
hipótese 4: “convido desde já o quadro com a fotografia de freitas do amaral a voltar para a sede do cds-pp, agora que eu já lá não me maquilho. obrigado, e viva o cds-pp.”
ah, a doce direita.
com 95,17% dos votos, paulo portas sucede assim a paulo portas na liderança do partido. uma mudança há muito esperada pelos órgãos sociais do partido, e em particular pelo órgão de tubos da igreja paroquial de paredes, na diocese do porto.
e se, numa eleição na qual há apenas um candidato, esse candidato não fosse eleito?
gosto de pensar no que teria acontecido se paulo portas não tivesse sido eleito. festa? talvez. trago aqui alguns dos discursos, credíveis e 100% plausíveis, que demonstram o que aconteceria se paulo portas tivesse perdido as eleições directas do cds-pp. vá, sonhar não é crime.
hipótese 1: “enquanto candidato único à liderança do partido, e após contagem dos votos, reconheço, assim, a derrota. esta é explicável dada a fraca afluência junto das urnas por parte dos militantes. corri alguns riscos e admito que não era este o desfecho que esperava, mas a política é isto mesmo, e o povo é soberano. é por isso que anuncio, desde já, a minha disponibilidade total para colaborar com a direcção recém-eleita do partido. obrigado, e viva o cds-pp.”
hipótese 2: “em virtude dos recentes acontecimentos e do já calculado e esperado resultado das eleições de hoje, anuncio aqui o meu abandono da vida política activa. tornou-se incomportável, após tamanha derrota nestas eleições, a minha actividade enquanto guru da moda da política portuguesa. obrigado, e viva o cds-pp.”
hipótese 3: “não esperava, devo admiti-lo, a minha derrota nestas eleições. é certo que foi uma eleição muito renhida e bem disputada, e há que felicitar a minha comissão política pelos 95,17% de votos conseguidos. ainda assim, não foram suficientes, e como tal felicito desde já o meu adversário, que acabou por vencer esta eleição de forma justa. obrigado, e viva o cds-pp.”
hipótese 4: “convido desde já o quadro com a fotografia de freitas do amaral a voltar para a sede do cds-pp, agora que eu já lá não me maquilho. obrigado, e viva o cds-pp.”
ah, a doce direita.